29 novembro 2008

Ambiente
A caminho da embaixada “carbono zero”

O embaixador do Reino Unido em Lisboa gosta de andar de bicicleta e desloca-se num automóvel híbrido. Agora quer reduzir as emissões de CO2 na residência oficial da embaixada e dar o exemplo. Porque os compromissos climáticos dizem respeito a todos.

Na residência do representante de Sua Majestade no nosso país, há ainda muito por fazer no que respeita à poupança de energia. Para isso a associação ambientalista QUERCUS foi chamada a realizar uma pequena auditoria energética, apontar os defeitos e sugerir as soluções.

Num edifício de dimensões consideráveis — uma moradia de dois pisos e jardim que ocupa quase um quarteirão — o mais imediato passa pela utilização racional da iluminação. Na sala onde foram recebidos os convidados para a explicação sobre como poupar, às dez da manhã estavam ligados oito candeeiros, todos com lâmpadas incandescentes e dispostos de forma errada, junto das janelas, em vez de iluminarem as zonas de sombra, notou Francisco Ferreira, da QUERCUS.

Na residência oficial, que serve de hotel para personalidades políticas britânicas em viagem, e de centro de convívio para os múltiplos eventos sociais que fazem parte da vida de uma embaixada, o diplomata Alexander Ellis quer reformar o sistema de aquecimento a gás, tornando-o mais eficiente e com maior controlo da temperatura. Está também em curso o estudo para a instalação de painéis solares para aquecimento da água corrente em todo o edifício e ainda uma maior atenção à separação do lixo para reciclagem.

É obviamente impossível que a embaixada do Reino Unido, como qualquer outra, se torne num edifício “carbono zero”, mas os objectivos ambientais a uma escala micro servem de exemplo ao quotidiano de todos nós e também à escala global.

Britânicos são os mais ambiciosos dos 27

O Reino Unido tornou-se no país da União Europeia a estabelecer a meta mais ambiciosa no que respeita à redução de gases com efeito de estufa. Através da nova Lei de alterações climáticas, aprovada na quarta-feira pela Câmara dos Lordes, a Grã-Bretanha compromete-se a reduzir as emissões de CO2 em 80% até ao ano 2050, e até 2020 a diminuição deve ser de 26%, mais seis pontos do que as exigências de Bruxelas.

No que diz respeito à diversidade das fontes de energia, de acordo com as metas de Bruxelas nos próximos 12 anos o Reino Unido precisa de produzir 15 por cento da sua electricidade a partir de fontes renováveis, mas em 2005 não foi além de 1,3 por cento. (fim)

RR em 29Nov2008

13 novembro 2008

Educação
Mais um professor agredido, duas semanas não chegam para DREL avaliar o caso

Uma professora e um auxiliar foram agredidos por um aluno dentro de uma sala de aula na Escola Secundária da Baixa da Banheira, na Moita. O agressor, um aluno de 19 anos de idade, foi suspenso durante cinco dias e a escola pediu, há duas semanas, a transferência do aluno para outro estabelecimento de ensino. A decisão ainda não é conhecida e a DREL não quer comentar.

A 27 de Outubro mais uma aula de língua estrangeira acabou em agressão. A professora de uma turma de um curso técnico de electromecânica interveio para terminar uma discussão entre dois alunos e acabou por ser agredida em plena sala de aula, primeiro com ofensas e depois com pontapés. A mesma sorte teve um funcionário da escola, que entretanto veio em seu auxílio.

A docente, que pede para não ser identificada, receia voltar às aulas com aquela turma, teme pela sua segurança e queixa-se de ser obrigada a conviver com o agressor. Após a suspensão de cindo dias, o período máximo previsto, o aluno já voltou à escola.

O Conselho Executivo da Escola Secundária da Baixa da Banheira enviou à Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo o pedido de transferência deste aluno para outra escola, indicando um estabelecimento de ensino que estaria disposto a receber o jovem, mas passadas duas semanas a escola ainda não conhece a decisão. Contactada, a DREL recusou comentar o caso.

A professora, que lecciona naquela escola há mais de 20 anos, critica a lentidão das decisões e deixa ainda um desabafo: os professores perderam toda a autoridade. (fim)

RR em 13Nov2008 | com JPM e CN

10 novembro 2008

Orçamento de Estado 2009
Obras devem respeitar estudos de impacto ambiental, diz ministro do Ambiente

O ministro do Ambiente afirma que os estudos de impacto ambiental vão ser cumpridos nas grandes obras do Estado. Nunes Correia falava no Parlamento, onde esteve hoje a discutir com os deputados, na especialidade, o Orçamento do Ambiente para 2009.

No caso concreto do novo Aeroporto de Lisboa, os trabalhos não devem avançar sem que os estudos de impacto ambiental estejam concluídos, sob pena de os promotores dessas obras terem de emendar eventuais erros, avisou o governante. “O estudo de impacto ambiental não se desviará um milímetro do que terá que ser, quer a obra tenham começado ou não”, referiu o ministro do Ambiente, sublinhando que este princípio é extensível às obras de expansão do Porto de Lisboa.

O deputado José Eduardo Martins, do PSD, disse que quem acaba por pagar as contrapartidas, caso as obras sejam paradas ou reformuladas, são os contribuintes, ao que Nunes Correia retorquiu que não responde por contratos assinados por outros. (fim)

RR em 10Nov2008