05 dezembro 2008

Ambiente
Polónia procura medidas excepcionais ao Pacote Energia-Clima

É na Polónia que decorre a Conferência das Nações Unidas para o Clima, a mesma Polónia cujo sector eléctrico depende em cerca de 90 por cento de centrais abastecidas a carvão, e por isso altamente poluentes. E é a Polónia que está a tentar arrancar à Presidência francesa da União Europeia medidas de excepção para não ser obrigada a comprar licenças de emissão de CO2.

A Polónia lidera, aliás, um grupo de nove países de Leste que se opõe ao pacote Energia-Clima da União Europeia, e é na Polónia que, entre hoje e amanhã, Nicolas Sarkozy se vai sentar informalmente à mesa com estes líderes e negociar, para preparar o Conselho Europeu de 11 e 12 de Dezembro, onde devem ser tomadas importantes decisões na política de comunitária de ambiente.

A França propõe que metade das licenças de poluição que aqueles países de Leste teriam de comprar a partir de 2013, para o sector eléctrico, seja gratuita durante três anos, até 2016. Um adiamento que, mesmo assim, não satisfaz totalmente Varsóvia.

É que, já se sabe, a seguir a uma concessão vem sempre outra e a Alemanha quer o mesmo tratamento para a sua indústria química, do aço e do cimento. E depois, vai mais longe: quer que toda a restante indústria apenas tenha de comprar 20 por cento das licenças de emissão de CO2.

E Berlim, recorde-se, já conseguiu esta semana adiar em três anos o prazo para a indústria automóvel se adaptar às regras que exigem carros menos poluentes, com emissões de CO2 até 130 gramas por quilómetro, meta que deveria entrar em vigor em 2012. (fim)

RR em 05Dez2008

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